Rinite é uma inflamação da mucosa de revestimento do nariz, e se caracteriza pela presença de sintomas como obstrução nasal ou congestão nasal, secreção nasal (coriza ou rinorreia clara), espirros, coceira ou prurido nasal e hiposmia. Geralmente ocorre por dois ou mais dias consecutivos e tem duração de pelo menos 1 hora na maioria dos dias de manifestação dos sintomas.

As rinites são classificadas em 3 subgrupos:

1. rinites infecciosas (agudas, auto-limitadas, frequentemente causadas por vírus, e menos comumente por bactérias);
2. rinite alérgica (forma mais comum, crônica, induzida pela inalação de substancias alergênicas, em indivíduos sensibilizados);
3. rinite não alérgica não infecciosa (grupo heteregoneo de pacientes sem sinais de infecção local e sem sinais na investigação cíinica de manifestação alérgica, no qual temos a rinite do idoso, rinite gestacional, rinite gustatória, rinite ocupacional não alérgica e a rinite idiopática ou vasomotora)

Um conceito mais recente das rinites envolve sua diferenciação em nível celular e até molecular (diferenciação das formas de rinite de acordo com os tipos celulares e de anticorpos e moléculas especificas envolvidas no desencadeamento do processo inflamatório), permitindo um tratamento mais bem direcionado com melhor controle e prevenção.

As rinites podem provocar uma série de distúrbios com importante impacto na qualidade de vida de crianças e adultos, dentre eles:

– distúrbios do sono (respiração bucal, roncos e apneia do sono pela obstrução nasal);

– infecções das vias aéreas superiores como sinusites e otites (nas crianças em particular a ocorrência otites de repetição e\ou perda auditiva e comprometimento da aquisição da linguagem);

– manifestações oculares como a rinoconjuntivite e o risco de lesões de córnea como ulcerações e ceratocone;

– asma ou bronquite (a asma tem uma prevalência em torno de 10% na população brasileira, e a proporção de asmáticos que apresentam rinite situa-se em torno de 50%).

Quando se aborda o tema sinusites, deve-se lembrar que a rinite alérgica é considerada um dos principais fatores responsavéis pela persistência da inflamação da mucosa de revestimento dos seios da face nos pacientes portadores de sinusite crônica.

Portanto, nota-se a necessidade da avaliação médica com um especialista (otorrinolaringologista) para melhor definição do tipo de rinite, e assim seguir um protocolo de tratamento mais bem direcionado, que permita um controle efetivo dos sintomas clínicos, prevenção de complicações e melhora da qualidade de vida.